sábado, 8 de março de 2014

Jorge Van Der Jesus

(1) - Tinha o futebol na cabeça, não tanto no método...
(2) - É muito exigente, sabe muito, quase tudo ou pensa que sabe tudo mas é a sua maneira de ser. O desgaste é muito grande, 5 anos com um treinador é muito, 5 anos com ele...é impressionante.
(3) - A nível individual, podes ter-te sentido decepcionado, às vezes humilhado, porque ele é extremista, levava toda a gente ao limite e quem não aguentasse essa pressão não servia para a sua equipa.
(4) - Conseguimos muito mas podíamos ter conseguido muito mais...se ele fosse menos rígido.


Estas frases são de 4 jogadores que treinaram durante 5 anos com o mesmo treinador. Conseguem adivinhar os nomes (do treinador e dos jogadores) ? Para  o treinador em causa havia dois tipos de equipa: as que jogam apenas tendo em vista o resultado e as que rendem um sensacional jogo de ataque.

Já os jogadores em causa eram titulares indiscutíveis com esse mesmo treinador, e foi sob o seu comando que viveram os melhores períodos das suas carreiras. Curioso, não ?



Ninguém pode acusar Jorge Jesus de ser um treinador defensivo ou de não procurar sempre golos e espectáculo, mas também salta à vista a enorme exigência e constante concentração exigida aos seus atletas, por vezes de forma "vulcânica" e pouco estética. Ter os seus jogadores em constante estado de alerta, corrigir posições, movimentos e bolas paradas são o prato do dia de Jorge Jesus. Alguém disse que o trabalho durante a semana é 70% mérito do treinador e 30% dos jogadores; no dia de jogo essas percentagens invertem-se: 70% jogadores/30% treinador. Mas Jesus parece não querer resignar-se nunca a esses "míseros" 30 e está sempre a um pequeno passo de entrar em campo e fazer um corte, um passe, um golo ou uma desmarcação.

Eu concordo com aquelas percentagens, e também acho que o resultado de um desafio é trabalhado toda a semana e não só nos 90 minutos: treina bem que jogarás melhor. A exigência no trabalho é um critério fundamental para o sucesso, mas o bom senso, a adaptabilidade ao meio e às circunstâncias não podem nunca ser ignoradas. Os jogadores não são máquinas infalíveis e convém não desgastá-los com repetições e rotinas muito além da compreensão, mas um treinador também não deve (ou não pode) ser um irmão mais velho, as distâncias, a hierarquia não se pode perder nunca, sob perigo de isso desequilibrar todo um grupo de trabalho.

Se estão curiosos para saber os nomes dos jogadores e treinador vejam o pequeno documentário abaixo. Imperdível!

Parte 1


Parte 2






(1) - Andoni Zubizarreta
(2) - Michael Laudrup
(3) - José Maria Bakero
(4) - Guillermo Amor

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