quarta-feira, 22 de maio de 2013

Porquê o Benfica ?

Diz-se que se escolhe o partido, a mulher ou a religião mas não o Clube. Soa a frase feita, a cliché, mas a verdade é que ser do Benfica é mesmo diferente.

As primeiras razões terão ver com a génese humilde deste Clube, desde o início foi um clube do povo, com gentes de poucos recursos mas que amavam o desporto e queriam competir. Na altura era os clubes das elites, os «ingleses» quem dava cartas no futebol, até serem derrotados pelo Benfica. Esta vitória angariou ainda mais adeptos para aquelas gentes que haviam destronado os mais fortes com menos recursos. O mito nascia.

Depois há o primeiro golpe baixo do Sporting, que sendo elitista não tinha os mesmos resultados e popularidade que o Benfica e resolveu "roubar" mais de meia equipa do rival. Acenando com o dinheiro, o elitista Sporting, à custa do Benfica, ficava agora com uma equipa de elite, também desportivamente.

Nada disso afrouxou a paixão e o furor benfiquista, muito pelo contrário, o Clube continou a criar raízes no povo português. A "diferente" génese do Benfica terá contribuído (mais que o sucesso desportivo) para a sua popularidade. Popularidade essa que teria novo episódio marcante na construção do Estádio Da Luz, com muitos sócios e adeptos a contribuirem monetariamente e até com sacos de cimento para tão grandiosa obra.

Foi essa união e democracia (o Benfica tinha eleições democráticas muito antes do próprio país) que nos tornaram na maior potência desportiva de Portugal. As conquistas europeias de 60 (década onde fomos o maior clube da Europa) apenas serviram para nos tornarmos num Clube Mítico, muito além das fronteiras do país.

Na sua História, o Benfica sempre se regiu por princípios honestos e desportivos, foi muito por esse comportamento exemplar que construímos Valores Benfiquistas, imunes à corrupção ou à falta de desportivismo. E isto não tem preço, não há conquistas ou títulos mais importantes que a honra e o bom nome!

E foi seguindo esta conduta que nos tornámos o Clube mais vencedor, com mais sócios, com mais adeptos e a marca mais potente e reconhecida de Portugal mundialmente.

Vem isto a propósito dos comportamentos dos nossos adversários (que para nós não passam disso mesmo, adversários e rivais). Costuma dizer-se que há dois grandes clubes em Portugal: o Benfica e o Anti-Benfica. Porque nós benfiquistas "apenas" festejamos as nossas vitórias, só "torcemos" pró-Benfica.

Ora isso é impossível tanto no Sporting como no Porto. Os do Sporting perderam qualquer orgulho ou amor próprio para o anti-benfiquismo, nem se importam das suas derrotas desde que o Benfica não ganhe (pequenino). Não tendo conquistas próprias para festejar, regozijam-se com as derrotas do Benfica (muito pequenino). E, chegam mesmo ao surreal de, no mesmo dia em que se vêem afastados da Europa (pela 3ª vez) e atingem a pior classificação de sempre (!!!) aparecem extasiantes .... perante uma derrota do Benfica.

Um benfiquista quer lá saber dos resultados dos outros, nós queremos ganhar os nossos jogos. Só. Eles não, eles festejam contra o Benfica. E isto apenas nos torna Enormes a nós e pequeninos a eles, o único clube grande somos mesmo Nós (também pela pequenez de adversários...muito pequeninos).

Os portistas então são um caso à parte. Parece que têm atracção pelo encarnado, só vêem vermelho. E isso impede-os de não conseguirem deixar de ser um clue regional. Mesmo tendo dimensão europeia não conseguem ser um clube nacional, são efectivamente um clube regional de dimensão europeia e tudo fruto de um ódio incompreensível ao Benfica.

Ou melhor, de um ódio fomentado há 30 anos pelo personagem mais sinistro e mais lesivo na História do Desporto Português. E só é tão lesivo, e continua a ser, porque tem a conivência dos centros de decisão e de uma Comunicação Social (CS) nepotista e sem espinha dorsal.

Mourinho que é Mourinho sucumbiu a uma CS implacável e que não deixa pedra sobre pedra na busca da Verdade. Tivesse Portugal uma CS da igualha da CS desportiva espanhola e talvez (talvez...) fossemos um pais desportivo à séria. Mas somos mesmo um país de brandos costumes, ou melhor, aqui tecem-se loas a quem vence corrompendo e aponta-se o dedo a quem insiste em lutar contra isso. O «tacho» e os «jobs for the boys» são metáforas perfeitas para a imundice que reina em 90% da CS desportiva portuguesa.

Parece que as regras do jogo - onde se dá destaque ao falcato e se pune o orgulhosamente honesto - são estas, e é nestas condições "ditatoriais" que temos que ir a jogo, nós sim, contra tudo e contra todos.

Este texto vem a propósito de outro que li hoje (de um vimaranense) e que tenho que partilhar, porque espelha com Verdade aquilo que se desenrola em Portugal, ano atrás de ano, E PLURIBUS UNUM nunca fez tanto sentido.

A pequenez de "Ser Porto"
"Ser Porto", engloba uma sensação contrastante do que parece. É uma revolta pessoal e colectiva derivada da pequenez, disfarçada com alguns títulos, que toda a gente sabe como são ganhos.

Até os próprios. "Ser Porto", é o máximo complexo de inferioridade. O Porto é um clube ganhador, pois desde logo começa a época a poder ganhar cerca de 8 títulos : os 4 que pode ganhar, e os 4 que o Benfica pode perder. O adepto do Porto, é como um padeiro a quem sai o Euromilhões : aparece de Ferrari, mas ninguém lhe reconhece mérito.

E é o que falta ao Porto: Reconhecimento.

Nem pelo próprio presidente da Câmara! As teorias são muitas, desde logo a das gerações mais novas: "Em 25 anos, vi o Porto ganhar 25 títulos".

A esse argumento demente, a questão é : quando a vossa avó faz 80 anos, vocês festejam 25 anos também? É que desde que nasceram só viram 25 celebrações de aniversário!

Nestes 15 dias (pois eles andaram todos na toca durante a época toda), até penta-campeonatos (sem saberem que eram tetra) de hóquei se celebraram. Mais o título de andebol.

A maioria dos adeptos não sabe UM jogador de cada modalidade, mas festejaram porque? Porque é contra a pedra no sapato da vida deles: o Benfica.

As virgens ofendidas que levaram uma prostituta a beijar a mão ao Papa, ofenderam-se com o pseudo-gesto-obsceno do Carlos Lisboa no ano passado, em basquetebol. Naquela semana, o basquetebol era o desporto da vida dos "somos porto". Passado 15 dias, a modalidade termina e a carneirice habitual instalou-se.

Então não há meia dúzia de centenas de milhares de euros para preservar uma modalidade histórica que, pelos vistos, tinha muitos adeptos? É triste, mas é verdade. Caramba, só os carros da Fernandinha e da Carolina, dariam para pagar mais uma ou outra época à modalidade ! O portista é assim. Prefere uma derrota do Benfica a uma vitória do Porto.

O Benfica é um clube que não se sabe muito bem de onde é. Instala-se em Gaia, e parece que está em plena Avenida da Liberdade. Vai a Paris, e não se percebe se se está em Portugal ou França.

É duma dimensão que o Porto JAMAIS chegará.

E tudo porque, cá dentro como lá fora, se sabe como o Porto ganha! Mas isto não é um post sobre futebol, é sobre sociologia, e estamos a falar sobre o complexo de inferioridade do adepto do Porto.

Vejamos: se são melhores, se ganham mais, se vende mais, se vende por mais, se vão mais longe, se isto, se aquilo, porquê tanto ódio? Porquê? É triste ver gente com poucos dentes e sem a 4ª classe a falar do tempo do Salazar.
Gente que nem o nome do próprio clube sabe dizer (puarto), que vem justificar o facto do Porto ser clube grande, clube esse que não passa de novo riquismo do futebol (pois isto das vitórias é recente, já o Benfica era um colosso mundial, estatuto a que NUNCA irão chegar).

Mas sou obrigado a repetir a pergunta: PORQUÊ TANTO ÓDIO?

Ok, eu ajudo-vos : complexo de INFERIORIDADE.

Será que falta um bola de ouro, como Benfica e Sporting já tiveram? Será que falta um jornalista espanhol que venha desmentir um dos melhores jornalistas espanhol e do mundo, que afirmou com todas as letras que o Porto é um clube corrupto? Rivalidade entre clubes é normal, mas nunca vi um rival cantar numa final, o cântico contra o adversário nacional, como os portistas fizeram contra o Montepellier, na final da Champions. Ou o Lens, ou lá que equipa era. Não prova uma coisa, prova duas: a pequenez portista, e a grandeza benfiquista da maior instituição em Portugal, o Sport Lisboa e Benfica.

E isso custa ao portista.

Dói. Eles riem-se e celebram, provocam, cantam ... mas falta ali algo! Falta cultura, falta reconhecimento, falta muita coisa. Já está enraizado que não faz mal que seja roubado dinheiro e feitas contratações de milhões e milhões por Valeris, Leandros, etc.

O que importa, é combater internamente o Benfica.

O maior título do Porto, é a derrota do Benfica.

Já o Benfica, vive para dentro do clube, e para fora do país. É um clube sustentável, que quando mudar o presidente, não ficará preso a máfias e dependentes de problemas dos pais dos árbitros para vencer. Uma coisa é certa. Para o ano, o Benfica pode não ser campeão. Mas jamais festejará um "não-título" do Porto, pois isso é tipico dos pequenos.

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