terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

São 11 contra 11 e no final ganha... o Benfica

A expressão era utilizada para a Mannschaft face à aparentemente inevitável vitória daquela equipa. Pois bem, o Benfica (que nunca se deu bem com equipas alemãs) tratou de actualizar a expressão e apropriou-se dela.

Despachou uma das mais fortes e competitivas equipas alemãs da actualidade (Bayer Leverkusen) com 2 vitórias em 7 dias (e pelo meio ainda teve que derrubar uma muralha negra de anti-jogo no Campeonato Nacional) apurando-se para os oitavos de final da Liga Europa (Salut Bordeaux!).

Depois da lição de solidariedade na BayArena, o Estádio da Luz assistiu a nova vitória (mais complicada desta feita). Os alemães - através dos discursos proferidos durante a semana - pareciam convencidos que poderiam eliminar-nos e apareceram descomplexados e confiantes. Jogaram ao ataque e criaram perigo logo nos primeiros minutos.

Por outro lado, os nossos jogadores pareceram algo "desligados" nos primeiros 45 minutos. Apesar disso, um bom cabeceamento de Gaitán poderia ter resultado em golo (contra 2 bolas no poste de Artur, sendo que perigosa apenas a primeira).

No segundo tempo jogámos melhor, os jogadores correram mais e demonstrámos uma maturidade apreciável para este tipo de competição. Ola John fez um golaço, Artur só não defendeu o indefensável e Matic (cheio de classe) enviou os alemães para fora das competições europeias. Mais 2 cabeceamentos de Salvio (um por cima e outro contra um defesa) poderiam ter dilatado a vantagem, mas como disse Jesus seria injusto para o Leverkusen.

Depois do 3º classificado da Bundesliga (única equipa a bater o Bayern, em Munique) seguiu-se o 3º classificado da Liga Portuguesa. O Paços tinha 2 derrotas no Campeonato (no Dragão e em casa frente ao Benfica) e chegava à Luz "fresco". Previa-se pois um jogo difícil.

Enzo 'El Principito' Pérez tratou de resolver cedo (8 minutos) as dúvidas acerca do vencedor. Criou um desequilíbrio ao entrar na área e, isolado, bateu o GR adversário. Depois do sufoco da jornada passada, estava feito o mais difícil.

O Benfica continuou a jogar bem e a desperdiçar oportunidades. Na segunda parte, com um Carlos Martins em grande plano, Cardozo marcou o da praxe e Lima (apesar do golo ser atribuído a Salvio) fechou as contas: 3-0 (e foi curto).

Não há volta a dar, seja de forma mais cerebral e calculista (frente ao Bayer) ou com a vertigem do golo em mente, esta época os jogos do Benfica teimam em ter um denominador comum: são 11 contra 11 e no final ganha...o Benfica!

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