quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A Campanha

Escrevi-o no início desta temporada, o Porto fez all in na tentativa de conquistar este Campeonato 14/15. Depois de prejuízos financeiros brutais e de ter assistido (na primeira fila!!) às 3 conquistas do Benfica (onde foi intérprete em todas, derrotado por nós nos 3 jogos mais fundamentais dessas mesmas conquistas) na época passada, o Porto teve uma opção arriscada: estava à beira de um precipício e deu um passo em frente.

Apostou mais do que em qualquer outra época (orçamento recorde no nosso país, ultrapassando os 110M), sujeitou-se a ordenados milionários de jjogadores que nem são seus (Tello, Óliver e Casemiro são empréstimos) e não fosse o diabo tecê-las ainda mexeu os cordelinhos dos bastidores (vulgo comandita do Jorge Mendes...) para que a equipa do Benfica fosse desmantelada (houve alturas que pareciam existir no mercado apenas jogadores benfiquistas... Por exemplo, veja-se o caso de Nuno Espírito Santo - outro amestrado - e a incrível obsessão com Enzo Pérez, se o Valencia é tão rico não poderia contratar qualquer outro médio do Mundo ??).

Ao contrário do que é regra a Norte (a estrutura contrata e compõe o plantel), os portistas cederam a todos (ou quase todos...) os caprichos do novo treinador. Um espanhol que no seu currículo de treinador de clube nunca passou pela 1ª divisão (Real Castilla e Rayo Vallecano) e que no último caso foi despedido quando caminhava para a descida de divisão. Dirão alguns que era campeão europeu de seleções jovens, mas eu acho que com aquelas gerações de sonho da Espanha, difícil era não vencer... Mas adiante.

O Porto faz um investimento brutal, ao mesmo tempo que vê o Benfica perder craque atrás de craque. Mas não perdeu Jorge Jesus...(embora muita gente se tenha empenhado nessa "missão"). Depois de uma pré-época desanimadora para os benfiquistas e eufórica para os portistas (ele era a inovadora Torre, eram os treinos revolucionários, etc., enfim, os brilharetes exagerados de início de temporada) chegamos ao primeiro troféu da época. Resultado ? Supertaça e pleno para o Sport Lisboa e Benfica.

O Porto depressa começou a criticar a arbitragem, tornando-se um habitué ouvir Lopetegui choramingar semana sim, semana sim. Aproximou-se o Grande Dia para os portistas: a recepção ao Benfica (que liderava com mais 3 pontos). Vencendo-nos atingiam a liderança em igualdade pontual connosco mas com vantagem no confronto directo.

Foi um gigantesco banho. Frio! Um balde de água fria na confiança desmesurada da super equipa (que havia esgotado os adjectivos dos media no Verão) e um banho táctico de Jesus ao novato espanhol. Esse golpe fortíssimo (numa vitória sem espinhas, sem casos, sem golas em offside ou expulsões caricatas) iniciou nova tomada de posição nos tentáculos do polvo da corrupção.

6 pontos se calhar era muito....a coisa estava difícil. Surge então o Benfica - Gil Vicente. O Benfica vence com um golo irregular de Maxi Pereira, golo esse na 1ª parte!! Era o rastilho e ao mesmo tempo a cura para a azia de todos os amestrados portistas que pululam na comunicação social. Durante cerca de um mês, semana após semana, repetiam-se as mesmas coisas (ipsis verbis, porque é preciso seguir a bula papal) até à exaustão. Um lance alimentou muitas famílias durante um mês inteiro.

Que fez o Benfica nesse período ? Falou dentro de campo. Deu "chocolate" a quem lhe apareceu pela frente (3 secos ao risível Rui Vitória e 4 secos em casa do Marítimo são dois belos exemplos). Chegou mesmo a ter a decisão do título nas mão na Mata Real, caso tivesse vencido passava a ter 9 pontos de vantagem sobre o 2º e o Campeonato ficava praticamente fechado. Nesse dia desperdiçámos um penalty (também acontece certo ?) e perdemos com um golo no último minuto de ....penalty.

Voltou a aguçar-se o apetite dos perseguidores (afinal a coisa ainda estava viva) que face à dificuldade em reduzir distâncias começaram a entrar em modo desespero. Neste Campeonato há vários exemplos absurdos e exemplificativos da síndrome que paira no ar:

a) o Benfica venceu o Rio Ave, que teve um golo anulado de forma correcta!! Pois bem, porque o juiz de linha - apanhado pela velocidade do contra ataque - não estava correctamente colocado quando analisou BEM (!!!) essa decisão, tentou-se e criou-se nova polémica absurda;

b) em Braga, o golo do empate de Éder contra nós é bem validado por um fiscal de linha que está - tal como o da Luz frente ao Rio Ave - mal colocado e longe do lance, mas que ajuizou bem. Ninguém do Benfica falou. E a CS ? Calada que nem ratos. Do lance do Rio Ave falam ainda hoje (esta semana esse lance era creditado no Record como prejuízo ao Rio Ave), do de Braga...nada. Surreal.

c) o Rio Ave outra vez, desta feita no Dragão, tem uma das piores arbitragens do Campeonato. O amigo Olegário (para sempre o único gajo que não viu o Baía tirar uma bola dentro da baliza na Luz) ignorou 2 penaltys claros na área do Porto e perdoou 2 expulsões aos portistas. Coisa pouca. Ecos disso ?? Pois... o Porto ganhou 5-0 com 3 golos nos descontos. (interessante frisar que este Rio Ave do Dragão havia jogado 5ª feira no leste da Europa - Ucrânia ? - e foi forçado pelos portistas a jogar domingo outra vez. O mesmo havia acontecido ao Estoril. Mas o Porto, que jogou 4ª feira na Suíça, só pode defrontar o Boavista na....segunda feira).

d) o Porto vence em Penafiel por 1-3 com 3 golos irregulares na arbitragem mais escandalosa deste Campeonato. Ecos disso ? O golo de Maxi em offside frente ao Gil Vicente e o lance BEM anulado ao Rio Ave na Luz.

e) o desespero dos antis chega à Taça da Liga. Depois de um jogo do Porto em Braga com 2 justíssimas expulsões, o vaticano azul toca a rebate fazendo crer que havia sido um roubo quando nada disso se tinha passado nas 4 linhas. (E não querem eles vencer Taças da Cerveja...) ; na mesma Taça da Liga, o surrealismo voltou a atacar. Eu OUVI um personagem anafado dizer que há um penalty claro a favor do Setúbal na Luz e um vermelho perdoado a Jardel. Ora bem, o lance ocorre logo imediatamente à linha de grande área e perto do vértice, portanto bem longe de ser uma ocasião manifesta de golo, mas mais importante que isso, é que o lance não é faltoso!! O Suk, jogador do Setúbal, apoia o pé e deixa-se cair! Mais tarde, na entrada da pequena área (!!), a 2 metros do GR adversário, o Gonçalo Guedes é derrubado e impedido de fazer golo. Penalty e vermelho claríssimo. Pois o tal anafado (que saltita entre Bola e TVI) tem dúvidas no penalty e considera que nunca é vermelho. Porra, pelo menos disfarcem!!!

f) Outra vez o Setúbal, outra vez queixa de um penalty. Só que este lance é precedido de offside. A CS ? A CS assobiou para o lado....

g) Moreira de Cónegos. Salvio sofre um toque no joelho dentro da área e cai de forma "artística". Continuo a achar que era penalty e só a forma despropositada como Salvio cai colocou dúvidas no árbitro. O juiz marcou canto. Aliás marcou 15 cantos a nosso favor nesse jogo. O Benfica marcou nesse canto que - para mim - deveria ser penalty. Nova polémica dos antis, novamente demagógica e sem ponta de sentido, sobretudo dos portistas que, curiosamente, venceram naquele campo com um golo de canto....mal assinalado. Mas lá está, os portistas são assim. Lembram-se do golo de Saviola ao Porto, na Luz (Dezembro de 2009) ? Pois bem, eles queixam-se desse golo. Quase um minuto antes há um offside não marcado a Urreta perto da área portista, o lance continua, passa por 3 jogadores portistas e a bola regressa ao meio campo, a David Luiz que inicia a jogada do golo de Saviola. Por aqui podem ver o raciocínio daquela cambada.
Ainda Moreira de Cónegos, um jogador da casa é expulso - BEM - por palavras insultuosas ao árbitro. Eu sou do tempo em que os clubes não perdoavam expulsões aos seus jogadores por palavras, multavam-nos e advertiam-nos para não insultarem os árbitros. A CS aplicava chapa 5 nesses lances: «bem expulso, não pode insultar o árbitro». Quase nunca sabiam o que era dito, mas era estritamente proibido um atleta insultar o juiz da partida porque só estava a prejudicar-se a si, aos seus colegas e à sua equipa. Pois bem, assistimos em Portugal no último fim de semana a uma mudança de paradigma patética de tão ilógica e parcial. Como o jogador foi expulso contra o Benfica...foi mal expulso.


Isso traz-nos a outro cavalo de batalha d'A Campanha em vigor: as expulsões de jogadores das equipas que defrontam o Benfica. Primeiro mandaram-se números exagerados para a discussão (houve um desavergonhado que disse 17 expulsões em 22 jornadas), e quando se acerta (na realidade foram 8 em 22 jogos) exclui-se a discussão e/ou o minuto e situação de jogo. Esquecem quem 4 dessas 8 expulsões foram nos descontos e mais grave, esquecem-se que foram todas JUSTIFICADÍSSIMAS! Não dá jeito ser coerente ou ter vergonha na cara não é ??

E as expulsões perdoadas aos adversários do Benfica ?? E os penaltys que ficaram por marcar a nosso favor ?? Essa contabilidade não se faz ?? Pois, não interessa às canetas de aluguer... O Alberto Miguéns tem um excelente post sobre esta pouca vergonha, aqui:

http://em-defesa-do-benfica.blogspot.pt/2015/02/alo-alo-estao-desesperados.html


P.S. - o personagem Rui Santos atingiu ontem um nível de boçalidade ímpar. Iniciou o programa a condenar Bruno Carvalho (e os dirigentes/agentes desportivos) pela linguagem e comportamento abusivos no futebol português e conseguiu terminar o MESMO programa absolvendo o jogador do Moreirense que utilizou e dirigiu insultos gratuitos a um árbitro e aos benfiquistas posteriormente. Atingiu-se um novo máximo de molde na coluna vertebral ?


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